As “lobas” do Vale
No top 20 do ranking mundial de clubes femininos de hóquei em patins está o Grupo Desportivo e Recreativo “Os Lobinhos”, de Vale de Lobos. A comprová-lo está a presença de quatro das suas atletas no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins Feminino . A equipa de “lobas” em patins soma títulos, tendo sido vice-campeã nacional 2009/ 2010 e finalista da Taça de Portugal 2009/2010.
Hoquistas apoiadas em Sintra, mas não tanto no resto do país
As “meninas” das equipas da União Desportiva e Cultural de Nafarros são, de acordo com a directora desportiva, Natália Gomes, “muito acarinhadas e apoiadas pelo público”. “A U.D.C. Nafarros é dos poucos clubes do concelho que aposta na vertente feminina no hóquei em patins”, adianta a responsável, explicando que o projecto “de formação tem várias atletas incluídas nos vários escalões, que jogam em equipas mistas”. Assim sendo, segundo Natália Gomes, “a U.D.C. Nafarros dá muita importância à participação feminina nesta actividade”.
A maior dificuldade é a falta de atletas seniores, explicou a directora. A causa é simples: “existem poucos clubes a apostar no hóquei feminino, muitas atletas chegam à idade adulta e desistem do desporto e existem poucos apoios”. Contrariamente, em Nafarros, a equipa de seniores é treinada por uma mulher, a atleta Sandra Silva e todas as hoquistas são muito apoiadas no geral.
Sandra Silva salienta ao JS que é importante que existam mulheres a praticar tanto esta como outra modalidade, uma vez que também têm “capacidades”. Nesse sentido, devem também ter direito às mesmas condições e apoios.
“Não devemos ser postas de parte ou ter de provar que somos capazes só por sermos mulheres. Como eu costumo dizer, não queremos ter mais, nem menos, simplesmente ter o mesmo”.
No melhor lugar possível não está a presença feminina na modalidade, a nível nacional, segundo conta ao JS Natália Gomes. Já que “é dada muito mais importância às competições masculinas que às femininas. Apesar das regras de jogo serem as mesmas, é flagrante a diferença de critérios, saindo o desporto feminino a perder”. A presença feminina no hóquei é “admirada pelos poucos que gostam do desporto, mas nem sempre percebida pelo público em geral”. Exemplo disso, ou talvez consequência, é “a pouca importância que a comunicação social em geral dá a este desporto”. Apesar das dificuldades, no entanto, as previsões para o futuro demonstram empenho e confiança, assim como os planos, segundo conta a directora desportiva da U.D.C Nafarros: “Queremos também lançar pela primeira vez uma equipa de Sub-18 feminina e, se houver competição a nível nacional, participar na mesma”.
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