O Mundo do Hóquei entrevistou a experiente jogadora e treinadora da União Desportiva e Cultural de Nafarros, Sandra Silva.
Mundo do Hóquei (MdH): O Nafarros ficou afastado da fase final do campeonato nacional.
Isto significa que a equipa fracassou no seu principal objectivo para esta temporada, ou há aspectos positivos?
Sandra Silva (SS) : A passagem era de facto o nosso objectivo, mas não foi de todo uma época fracassada. Mas como é óbvio, e devido à curta equipa que tínhamos, este ano sabíamos que era uma fasquia bastante alta à partida.
De qualquer dos modos, fizemos o que nos competia que foi lutar até ao fim por essa passagem mesmo contra todas as adversidades desde lesões, atletas fora por trabalho, clubes que dizem que gostam da modalidade mas não deixam atletas jogar, etc…
Isto significa que a equipa fracassou no seu principal objectivo para esta temporada, ou há aspectos positivos?
Sandra Silva (SS) : A passagem era de facto o nosso objectivo, mas não foi de todo uma época fracassada. Mas como é óbvio, e devido à curta equipa que tínhamos, este ano sabíamos que era uma fasquia bastante alta à partida.
De qualquer dos modos, fizemos o que nos competia que foi lutar até ao fim por essa passagem mesmo contra todas as adversidades desde lesões, atletas fora por trabalho, clubes que dizem que gostam da modalidade mas não deixam atletas jogar, etc…
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MdH: Começaste a temporada a assistir, como espectadora, ao vivo ao Mundial Feminino de Alcobendas. Como comentas a prestação da selecção nacional feminina?
SS: Na minha modesta opinião e, vale o que vale, penso que com a qualidade das atletas que temos, poderíamos ter tido uma representação com mais qualidade também.
Não podemos ser as melhores a jogar com as selecções mais fracas e depois ficar aquém das expectativas quando enfrentamos as melhores.
A nossa selecção não tinha um fio de jogo, não tinha jogadas, havia jogadoras a serem utilizadas fora das suas posições, na minha opinião estava, um tanto ou quanto, à deriva.
Penso que se continua a brincar às selecções, pois as convocatórias deveriam ser feitas pela qualidade das atletas e não pelas que menos despesas dão à Federação. Por tudo o que o hóquei feminino já conseguiu, em tão curto espaço de tempo, deveria ser levado a sério e com mais respeito por parte das entidades competentes.
SS: Na minha modesta opinião e, vale o que vale, penso que com a qualidade das atletas que temos, poderíamos ter tido uma representação com mais qualidade também.
Não podemos ser as melhores a jogar com as selecções mais fracas e depois ficar aquém das expectativas quando enfrentamos as melhores.
A nossa selecção não tinha um fio de jogo, não tinha jogadas, havia jogadoras a serem utilizadas fora das suas posições, na minha opinião estava, um tanto ou quanto, à deriva.
Penso que se continua a brincar às selecções, pois as convocatórias deveriam ser feitas pela qualidade das atletas e não pelas que menos despesas dão à Federação. Por tudo o que o hóquei feminino já conseguiu, em tão curto espaço de tempo, deveria ser levado a sério e com mais respeito por parte das entidades competentes.
MdH: Ao longo da tua carreira, ficaste conhecida pela tua irreverência e dedicação à modalidade. São essas características que faltam às jogadoras mais novas?
SS: Eu tenho um defeito que vai contra muita gente, que é o facto de dizer sempre o que penso e de lutar pelo que acredito. Como é óbvio isso na maior parte das vezes não é bem aceite mas, se isso for irreverência, então sim, sou com certeza, muito irreverente!
Quanto à dedicação, que posso eu dizer? Mais que um desporto é para mim uma paixão e daí viver essa paixão em cada momento que estou em rinque.
E sim, penso que na grande maioria das jovens há essa falta de dedicação para com a modalidade.
MdH: Esta temporada vai ficar na nossa memória pela Copa da Amistad... passados vários meses, que impacto achas que teve para o hóquei feminino esta tua / nossa iniciativa?
SS: Apesar de já estar à espera de que a adesão não seria a mesma que por terras espanholas, pois por cá existem muitas “picardias” e rivalidades desnecessárias, fiz questão de tentar e em altura alguma o lamento, pois quem perdeu foram as atletas que não participaram. Foi um fim-de-semana em cheio, com graúdas, miúdas, com muito hóquei, muita diversão e muitas novas amizades.
Penso que conseguimos incutir o espírito das “Copa de l’Amistad” nas atletas presentes, por isso espero que este projecto tenha pernas para andar e que possa ser feito mais vezes em Portugal. Só tenho pena que projectos deste género não sejam mais apoiados pelas entidades competentes.
(fotos: Duarte Diogo)
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